Em declarações aos jornalistas, após o debate do Estado da Nação dos Media, no congresso da Associação portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa, a dirigente considerou que a ERC deve dar a “resposta que considere certa” e que a sua preocupação é com o “futuro dos media”.

“Eu quero ter parceiros com capacidade de investimento e quero que as pessoas que trabalham na Media Capital tenham um futuro com um projeto digital grande e também internacional. O que a ERC diga é um assunto do regulador, não é meu, que eu sou administradora da Media Capital”, acrescentou a responsável, afirmando-se “tranquila” e com a função de “manter a liderança e dar um futuro” à sua empresa.

Para a CEO, as convergências no setor são obrigatórias, notando a necessidade de procurar “novos parceiros dentro das telecomunicações e das plataformas internacionais”.

“Temos que ir à procura de alguém que ajude os media tradicionais a crescer, caso contrário, o problema vai aparecer no futuro próximo”, previu a dirigente.

Sobre o parecer da Anacom, o regulador do setor das telecomunicações, a dirigente recordou não ser vinculativo e que a mensagem foi no sentido de “pedir garantias e compromissos”.

“A Altice (grupo de telecomunicações que comprou PT/MEO) é que tem de responder, não sou”, notou.

Questionada sobre a possibilidade de a compra da Media Capital pela Altice não avançar, Rosa Cullell comentou que terá de ser a Prisa, dona da Media Capital, a responder enquanto acionista.

“Eu vou tentar continuar a gerir. Não sou eu que vou à procura de investidores, o que eu quero é investimento e vou à procura de investimento”, acrescentou a responsável, repetindo o seu desejo de continuar no grupo, em Lisboa e em Portugal.

Questionada sobre as preocupações quanto ao estado atual da comunicação social feitas no debate pelo presidente da ERC, Carlos Magno, a gestora disse ter entendido como uma “preocupação, sobretudo do ponto de vista financeiro e da sua capacidade para concorrer com os media digitais internacionais”.

Assim, as televisões devem “manter o que têm, que é um grande ecrã forte” e a liderança, no caso da Media Capital, que inclui a TVI, e ir “rapidamente para o digital, com grande volume de vídeos digitais”.

(Nota: O SAPO 24 é a marca de informação do portal SAPO, detido pela MEO,propriedade da PT, empresa da Altice)