“O povo merece o SNS”, ” Queremos respeito”, “Os médicos unidos jamais serão vencidos” ou “Costa escuta, a chuva não nos assusta”, fazendo referência às condições climatéricas naquele momento, são algumas das palavras de ordem gritadas pelos profissionais de saúde.

A manifestação acontece no primeiro de dois dias de greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam) e cinco dias depois de os sindicatos se terem reunido com o Ministério da Saúde e de estar marcada uma nova ronda negocial para a próxima quinta-feira.

O descontentamento dos médicos tem sido manifestado com greves e com a entrega, por cerca de 2.500 clínicos, de minutas de declarações de dispensa ao trabalho extraordinário, além das 150 horas anuais obrigatórias, que tem provocado constrangimentos nos serviços de urgência de vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Na proposta apresentada aos sindicatos na quinta-feira, o Ministério da Saúde prevê um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

A Fnam já tinha anunciado que estará presente de “boa-fé” na reunião agendada pelo Ministério da Saúde para a próxima quinta-feira, “com a expectativa de poder celebrar um acordo histórico, à altura de salvar a carreira médica e o SNS”.