O documento, aprovado na reunião de hoje do Conselho de Segurança Privada, refere que, “a 31 de dezembro de 2016, a categoria de pessoal de vigilância compreendia um total de 55.746 cidadãos detentores de cartão válido, dos quais 37.643 detinha vínculo laboral e ativo e 18.103 não apresentava qualquer tipo de vínculo laboral”.

Segundo o relatório, 37.643 vigilantes de segurança privada titulares de cartão profissional válido encontravam-se, em 2016, vinculados por contrato de trabalho a uma entidade prestadora de serviços de segurança privada ou autorizada a organizar serviços de autoproteção.

O documento concluiu que, após “uma visível descida entre 2011 e 2013”, mantém-se desde 2014 a tendência de aumento do pessoal de vigilância no ativo, revelando os dados “uma taxa de empregabilidade a rondar os 67%.

“Existem assim 18.103 seguranças privados, que, embora detendo cartão profissional válido, se encontram inativos, ou seja, não possuem qualquer vínculo profissional com uma entidade de segurança privada”, refere, destacando que se registou, em 2016, um aumento do número de pessoal de vigilância detentor de duas ou mais especialidades.

A maior parte dos seguranças privados (36.359) tem a especialidade de vigilante, seguido de segurança-porteiro (14.172), de assistente de recinto desportivo (1.965) e assistente de segurança aeroportuária (915).

De acordo com o mesmo documento, cerca de 56% dos seguranças privados assume funções de vigilante e 21,9% de segurança-porteiro.

Em 2016, foram emitidos pela PSP 22.116 novos cartões profissionais e renovados 8.998.

O relatório indica também que 90% das empresas de segurança privada cabe no conceito de pequenas e médias empresas, mas a maior parte dos trabalhadores (71%) está vinculado às 10 maiores empresas.

No final do ano passado, encontravam-se ativas 94 entidades prestadoras de serviço de segurança privada, sendo estas titulares de 132 alvarás, numa estabilização dos valores registados no triénio anterior.

Cerca de metade (56%) das empresas de segurança privada trabalham na área da vigilância de bens móveis e imoveis, mais de um terço na gestão e monitorização de sinais de alarme, 9% na proteção pessoal e 3% no tratamento e transporte de valores.

O relatório dá também conta que 37 entidades estavam autorizadas no ano passado a ministrar formação nesta área, tendo sido frequentadas por 22.482 vigilantes.

No que respeita à profissão regulada de diretor de segurança, durante o ano de 2016, registou-se a emissão de 102 cartões profissionais.

O relatório salienta que, dos 435 cartões profissionais válidos, verifica-se que apenas 108 profissionais se encontram a exercer funções em empresas de segurança privada titulares de alvará.

“Destaca-se a continuidade da presença de uma fração relevante de diretores de segurança que exercem funções em mais do que uma entidade de segurança privada titular de alvará. Este facto, conforme já salientado em 2015, constitui fator de preocupação face à exigência das funções que por estes, devem ser desempenhadas e, que demanda elevada disponibilidade temporal”, indica ainda o documento aprovado na reunião de hoje daquele órgão de consulta do Ministério da Administração Interna.