“O primeiro programa de rescisões por mútuo acordo, a disponibilização para os trabalhadores escolherem se querem ou não aderir, será lançado no final deste mês”, disse Paulo Macedo, que hoje está a ser ouvido pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República.

Contudo, o responsável sublinhou que o banco mantém a intenção de reduzir o quadro de pessoal sobretudo através de reformas antecipadas, tal como definido no plano inicial acordado entre as autoridades portuguesas e a Comissão Europeia.

No âmbito do plano estratégico negociado com a Comissão Europeia como contrapartida de uma recapitalização do banco público de cerca de 5.000 milhões de euros (2.500 milhões de injeção direta de dinheiro do Estado), a CGD terá de cortar cerca de 2.000 postos de trabalho até 2020, num processo em que prevê gastar 150 milhões de euros.

De acordo com os últimos dados disponíveis, no final de 2016, o banco tinha 8.133 trabalhadores em Portugal, menos 297 do que no final do ano anterior, quando eram 8.410.

A CGD registou em 2016 prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros. O ano passado foi mesmo o sexto em que o banco apresentou resultados negativos.