António Costa, que hoje inaugurou o novo investimento da fábrica da Renova, em Torres Novas, afirmou que os vencimentos para a administração da CGD não foram feitos “’ad hominem’ para a administração que está a sair” mas sim para garantir que a Caixa “tenha uma gestão profissional, que possa recrutar no mercado administradores ao nível que qualquer outro banco possa recrutar”.

“Essa é uma opção política que foi tomada, está mantida, vai ser executada”, afirmou quando questionado sobre a reação positiva do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à escolha de Paulo Macedo para a presidência da CGD mas com um alerta quanto aos salários da administração do banco público.

Sublinhando que a legislação “está em vigor”, António Costa declarou que agora é essencial concentrar “no que é importante”, ou seja, ter a atual e a nova administração “a executarem o plano de capitalização que está aprovado em Bruxelas” e o plano de reestruturação, “para que a Caixa seja aquilo que todos desejam que seja”.

Instado a comentar críticas do líder do PSD à forma como conduziu o processo da CGD, Costa disse não comentar as “agruras” de Pedro Passos Coelho, porque senão “não fazia outra coisa”.

“Não há dia nenhum que ele não faça uma previsão de uma catástrofe para o dia a seguir”, afirmou, acrescentando que prefere “concentrar-se” no que um primeiro-ministro deve fazer, “que é procurar antecipar problemas e evitá-los”.

“É o que estamos a fazer. A Caixa tinha problemas escondidos há vários anos. Hoje são problemas que são assumidos, porque só assumindo os problemas podemos ter capacidade de os resolver. O estado de negação nunca resolveu nada a ninguém, como aliás se viu. Tivemos uma saída limpa que nos encheu a todos de orgulho e depois disso já tivemos dois bancos resolvidos e se nada fizéssemos a tragédia do sistema financeiro prosseguiria”, declarou.

Para António Costa, é preciso “não confundir o que são fenómenos absolutamente pessoais de melhor ou menor adequação de personalidades ao quadro legal com problemas estruturais”, aqueles com que tem que se “apoquentar”.

“E o problema estrutural é que tínhamos uma Caixa que precisava de ser capitalizada e tínhamos um Governo em negação dessa realidade. Hoje temos um Governo que assumiu os problemas da Caixa mas também um projeto para resolver os problemas da Caixa e assegurar a todos os portugueses que a Caixa é o que tem quer ser: um grande pilar de estabilidade do nosso sistema financeiro, a garantia de poupança das famílias e um instrumento ao serviço da economia”, disse.

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