Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, André Fernandes referiu que este incêndio, "o mais preocupante" em curso, afetou já uma habitação.

O fogo, que teve início pelas 14:45 de sexta-feira, na zona da aldeia de Bustelo, entrou em fase de resolução cerca das 02:00 de hoje, mas sofreu uma reativação esta tarde, pelas 14:45.

André Fernandes referiu, cerca das 20:15, que este incêndio, no distrito de Vila Real, “vai ser reforçado com mais 111 operacionais, que já estão a caminho".

“A questão do incêndio de Chaves tem a ver com as condições meteorológicas ao longo do dia: vento forte e errático, ou seja, não tinha um quadrante propriamente definido, o que foi abrindo o incêndio em várias frentes e em vários focos de incêndio”, explicou.

“É um incêndio que não afeta só uma área. Afeta três áreas distintas e acaba por ser isso e também a dispersão de meios que foi neste momento feita para fazer a salvaguarda das pessoas e também das habitações”, acrescentou.

Quanto à evolução do incêndio em Chaves, André Fernandes disse que é preciso ”esperar pela noite, pela janela meteorológica que vai existir".

"Para que no terreno, também com o apoio do combate indireto, nomeadamente máquinas de rasto e a equipa de análises do fogo, validarem a estratégia para conseguirem fechar e estabilizar o incêndio o máximo possível durante a noite, para depois, durante o dia de amanhã [domingo] dar-se início então àquilo que são as manobras de estabilização e de rescaldo do incêndio”, explicou.

Até as 20:00, acrescentou, foram registados 89 incêndios, com 12 ocorrências ativas, três das quais “são significativas”.

Além do incêndio em Bustelo, as outras duas ocorrências significativas são em Penafiel, no distrito do Porto, e em Celorico de Basto, no distrito de Braga.

“Estes incêndios envolvem já 391 operacionais, 111 meios aéreos e estão no local 10 meios aéreos”, detalhou, acrescentando que “não há vias afetadas pela ação dos incêndios”

Relativamente às zonas de concentração e apoio às populações, montadas nos últimos dias, nomeadamente em Leiria, Santarém e Viana do Castelo, foram criadas 12, que acomodaram um total de 431 pessoas, sendo que a maioria destas já regressaram às suas habitações, disse o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil.

No total, foram retiradas 864 pessoas, em resultados dos vários focos de incêndio no país.

Quanto a ocorrências significativas que já estão em resolução ou conclusão, e algumas delas já em vigilância ativa, André Fernandes referiu que são 11 os distritos onde existe esta tipologia de ocorrências, no total de 25 ocorrências ainda em curso em termos de resolução/conclusão e que envolvem 1.294 operacionais, 364 meios terrestres, tendo ao longo do dia sido destacados dois meios aéreos para dar apoio a estas ocorrências.

Quanto a vítimas, o comandante disse que o acumulado desde 07 de julho e até às 20:00 de hoje de pessoas que necessitaram de assistência é de 197, além da vítima mortal registada na sexta-feira: o piloto do avião de combate que caiu numa vinha em Castelo Melhor, concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda.