O secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, disse esta terça-feira que os militares transexuais poderão permanecer ao serviço do exército enquanto a ordem do presidente Donald Trump de proibir o ingresso de pessoas transgénero nas Forças Armadas é analisada.

No dia 26 de julho Trump surpreendeu ao anunciar que as pessoas transgénero não poderiam ingressar nas Forças Armadas, alterando assim a lei criada pelo seu antecessor, Barack Obama que, em junho de 2016, abriu as Forças Armadas norte-americanas ao serviço dos transexuais.

O presidente dos Estados Unidos alega que a presença de transexuais nas Forças Armadas representa um elevado custo médico com tratamentos hormonais de mudança de sexo.

Apesar de na semana passada, o presidente ter decretado que a medida irá entrar em vigor no dia 23 de março de 2018, Trump deu a Mattis liberdade para decidir sobre o destino dos transexuais que já integram as Forças Armadas.

A decisão do governo foi alvo de severas críticas por parte de grupos de defesa dos direitos LGBT, membros das Forças Armadas e da poderosa União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU).

Mattis declarou esta terça-feira que o Pentágono vai criar um grupo de especialistas para analisar a situação e desenvolver um plano, com o objetivo de determinar "o que é melhor para a eficiência das Forças Armadas no campo de batalha".

Estima-se que, atualmente, sirvam nas forças americanas cerca de 6.600 transexuais.