As imagens dessa mãe de oito filhos acorrentada numa quinta na província de Jiangsu chocaram a opinião pública na China, quando foram divulgadas em janeiro de 2022.

O seu marido foi preso, em conjunto com várias outras pessoas acusadas de tráfico humano.

Dong Zhimin foi condenado a seis anos e seis meses de prisão por "maus-tratos", anunciou hoje o tribunal popular intermediário em Xuzhou, uma cidade a cerca de 100 quilómetros de Xangai. O réu também recebeu três anos adicionais por "sequestro".

As outras três pessoas julgadas neste mesmo caso receberam sentenças de oito a 11 anos de prisão.

Segundo as autoridades, a mulher foi sequestrada no seu vilarejo na região de Yunnan, a cerca de 2.000 quilómetros do local onde foi encontrada, e vendida várias vezes.

As autoridades inicialmente negaram que o caso estivesse ligado ao tráfico de pessoas, fenómeno relativamente comum no interior da China, onde há poucas mulheres para casar.

A política do filho único imposta na China por quase quatro décadas, até 2016, fez o número de mulheres decair, porque as famílias preferiam um menino. Este desequilíbrio deu origem a um número significativo de sequestros de mulheres jovens, forçadas a casarem-se em áreas onde há muito mais homens.