“Tem sido uma tarde muito trabalhosa para os bombeiros e para os demais agentes da Proteção Civil, que têm estado empenhados ao longo de todo o dia de hoje nas já cerca de 160 ocorrências que registamos desde as 00:00 de hoje”, declarou a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, revelando que das cerca de 160 ocorrências registadas, 17 estão ainda em curso, empenhando 2.000 operacionais e 600 meios terrestres.

Patrícia Gaspar destacou como ocorrências importantes cinco fogos, um que lavra no concelho de Abrantes, em Santarém, um no concelho da Mealhada, em Aveiro, um no concelho de Cantanhede, em Coimbra, um no concelho de Cadaval, em Lisboa, e outro no concelho de Nelas, em Viseu.

“Temos indicação que foi necessário fazer defesas perimétricas, proteção das aldeias, das pessoas e dos seus bens”, declarou a responsável da ANPC, precisando que tal se verificou nos cinco principais incêndios.

No distrito de Santarém, o fogo no concelho de Abrantes “leva já cerca de 48 horas”, disse a responsável da ANPC, indicando que apesar do cenário meteorológico desfavorável e das constantes reativações, o cenário deste incêndio apresenta-se hoje “mais estável e mais tranquilo do que tem sido as últimas horas”.

Ainda assim, o incêndio em Abrantes “ainda não está numa fase evolutiva”, devido ao forte calor e ao vento bastante inconstante, pelo que continua no topo das prioridades da Proteção Civil.

No distrito de Aveiro, o fogo que deflagrou na quinta-feira, pelas 12:30, no concelho de Mealhada sofreu hoje uma reativação, mantendo-se em curso.

Já os incêndios que lavram no concelho de Cantanhede, em Coimbra, no concelho de Cadaval, em Lisboa, e no concelho de Nelas, em Viseu, são ocorrências que surgiram hoje, avançou Patrícia Gaspar.

De acordo com a responsável da ANPC, encontram-se no combate aos fogos cerca de 28 grupos de reforço dos corpos de bombeiros, continua a operar o avião marroquino, uma parelha de aviões ‘canadairs’ de Espanha, dez plutões militares a colaborar nas ações de vigilância pós rescaldo, 17 equipas de vigilância de militares e outras equipas que decorrem de protocolos com câmaras municipais.

O forte dispositivo de resposta ao combate dos incêndios em curso tem em consideração “o estado de alerta laranja que se mantém válido para todos os distritos do continente”, frisou Patrícia Gaspar.

Em relação ao corte de estradas devido à ocorrência de incêndios, a adjunta de operações da ANPC disse que as autoestradas A14, na zona de Cantanhede, em Coimbra, e a A3, no concelho da Trofa, no Porto, foram interditas ao trânsito esta tarde por questões de segurança.