Segundo a gestora da infraestrutura ferroviária nacional, tem início “uma nova fase da empreitada de modernização da Linha de Cascais, com o arranque dos trabalhos no troço Oeiras-Cascais”.

“De forma a garantir a segurança dos trabalhadores em obra, torna-se imprescindível proceder à interdição da circulação ferroviária em alguns horários dos períodos da noite e madrugada neste troço”, é referido na nota da IP.

No sentido de “minimizar os impactos decorrentes destes constrangimentos, durante os períodos de interrupção do serviço ferroviário”, serão “disponibilizados aos clientes da CP transportes rodoviários alternativos, que vão garantir às populações a manutenção do transporte”, acrescenta a IP.

“O investimento na modernização da via e catenária da Linha de Cascais atualmente em curso tem como principais objetivos dotar esta infraestrutura ferroviária de maiores níveis de qualidade, eficiência e segurança”, explica a IP.

As melhorias, considera a empresa, irão “reforçar e melhorar substancialmente a qualidade da oferta do transporte público ferroviário, potenciando o crescimento da procura por parte das populações da Área Metropolitana de Lisboa servidas pela Linha de Cascais”.

De acordo com informação no ‘site’ da IP, do Cais do Sodré (Lisboa) para Cascais, de segunda a sexta-feira (incluindo feriados), estão previstas partidas de meia em meia hora entre as 22:30 e a 01:30, ao sábado também de 30 em 30 minutos entre as 20:30 e a 01:30, ao domingo com o mesmo intervalo horário entre as 05:30 e as 08:00 e de 20 em 20 minutos das 08:20 às 10:00, e de meia em meia hora das 19:30 à 01:30.

As partidas de Cascais para o Cais do Sodré, de segunda a sexta-feira (também aos feriados), serão de 30 em 30 minutos entre as 23:00 e a 01:30, ao sábado às 21:04 e, de meia em meia hora, entre as 21:30 e a 01:30, e ao domingo, com o mesmo intervalo, entre as 05:30 e as 06:30 e, de 20 em 20 minutos, das 07:04 às 10:24, e de 30 em 30 minutos das 20:04 às 21:04 e das 21:30 à 01.30.

A IP e a CP informam que, no serviço rodoviário de substituição, "entre Cascais e Oeiras não é garantida a ligação aos comboios de horário, exceto ao último comboio da noite com destino ao Cais do Sodré”.

O serviço de transbordo rodoviário está previsto em Oeiras, Carcavelos, Parede, S. Pedro do Estoril, S. João do Estoril, Estoril, Monte Estoril e Cascais.

A IP aponta como benefícios após a intervenção na Linha de Cascais a melhoria das condições de segurança, instalação de sistemas de videovigilância, intervenções em atravessamento de nível, instalação de um novo sistema de sinalização e de controlo de velocidade e melhoria da informação ao público.

A Linha de Cascais, com 25,45 quilómetros, entre Cais do Sodré e Cascais, tem 17 estações e apeadeiros e a intervenção visa “migrar o sistema de eletrificação (catenária) dos atuais 1.500 V DC para 25 kV-50Hz AC, com a construção de uma nova subestação em Sete Rios, permitindo a integração na restante rede, estimando uma poupança de cerca de 50 % do consumo energético”, de acordo com a IP.

“A instalação de nova sinalização, conjugada com a nova catenária, vai permitir que o operador adquira novos comboios ou possa colocar comboios da restante rede ferroviária nacional em circulação, retirando do serviço os comboios obsoletos (alguns de 1920)”, salienta.

Um novo sistema de controlo de velocidade do tipo ‘European Train Control System’, com nível 2, permitirá “alcançar os níveis mais elevados de segurança e disponibilidade de canal ferroviário”, além de intervenções na via-férrea, nomeadamente remodelação do ‘layout' da estação de Oeiras, acesso ao Parque de Material de Carcavelos e eliminação de três atravessamentos de nível.