“A Igreja Católica, em conjunto com a Comissão Nacional de Eleições, quer contribuir para promover a paz e a estabilidade no período das eleições. Em conjunto, ajudar a criar um bom ambiente para as eleições parlamentares que se vão realizar”, disse Virgílio do Carmo da Silva aos jornalistas.

O líder religioso falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), José Belo, depois de uma reunião no âmbito dos preparativos para as legislativas, previstas para maio.

Carmo da Silva explicou que a Conferência Episcopal Timorense (CET) quer colaborar ao máximo com a CNE, referindo que os detalhes da colaboração vão agora ser definidos.

Entre outras iniciativas, disse, a Comissão de Justiça e Paz, da Diocese de Díli, já prevê desenvolver várias atividades de educação cívica, além de pretender destacar equipas de observação das eleições.

Na quarta-feira à noite, o Presidente timorense, José Ramos-Horta, tinha pedido ao corpo diplomático acreditado em Timor-Leste para dar o máximo apoio possível à instituição.

Virgílio do Carmo da Silva acrescentou que a igreja vai promover em todas as paróquias uma “oração especifica sobre as eleições parlamentares” para que as famílias possam “rezar em conjunto antes da campanha eleitoral”.

Nos dias de reflexão, antes do voto, referiu, poderão ainda ser rezadas missas para promover um clima de paz e estabilidade.

O presidente da CNE, José Belo, saudou a disponibilidade da igreja em “colaborar para a promoção da paz e estabilidade neste quadro eleitoral”.

“Os timorenses vão trabalhar juntos para melhorar o país. A preparação das eleições está em curso, cumprindo o papel importante definido no seu mandato”, disse.

José Ramos-Horta está atualmente no período de audições aos partidos políticos, antes de anunciar a data das eleições, o que deverá acontecer nas próximas semanas.

Depois de ouvir o Governo, o chefe de Estado recebeu delegações da União Democrática Timorense (UDT), da Frente Mudança (FM) e do Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (PUDD), cada um com uma cadeira no Parlamento Nacional.

Durante o dia, vai receber uma delegação do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), que controla cinco assentos no parlamento e é um dos três partidos do atual Governo, e ainda uma delegação do Partido Democrático (PD), também com cinco lugares, mas na oposição.

Ainda não há data marcada para as reuniões com as três maiores forças políticas do parlamento, a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), 23 lugares e no Governo, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), 22 lugares, e o Partido Libertação Popular (PLP), do atual primeiro-ministro Taur Matan Ruak, com oito assentos.