“Concordámos com o princípio da não deslocação forçada de palestinianos e com um horizonte político baseado numa solução de dois Estados”, publicou Von der Leyen na sua conta na rede social X (antigo Twitter) no final de uma reunião com o presidente do Egito, hoje no Cairo.

al Sisi vincou que o Egito rejeita de forma “categórica a deslocação de palestinianos, seja internamente ou para fora de suas terras, especialmente para as terras egípcias do Sinai”, e reiterou que “a única solução para a causa palestiniana reside em alcançar uma solução abrangente e uma paz justa baseada na solução de dois Estados”.

Durante a reunião, que contou também com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Sameh Shukri, e de altos responsáveis da União Europeia (UE), o presidente egípcio reiterou a “necessidade de um cessar-fogo imediato em Gaza e da proteção dos civis”, além de que seja garantida a entrega de ajuda humanitária à população do enclave palestiniano que vive um “enorme sofrimento humanitário”.

Por seu lado, a presidente da Comissão Europeia agradeceu ao Egito “pelo seu papel-chave na prestação e facilitação da ajuda humanitária aos palestinianos vulneráveis”.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de Outubro, o Egito mobilizou-se para retirar feridos da Faixa de Gaza para hospitais próximos ao norte do Sinai, para gerir a entrada de ajuda humanitária e combustível no enclave e para mediar a libertação de reféns e um cessar-fogo.

O presidente egípcio apelou à comunidade internacional para que cumpra as suas responsabilidades e “implemente as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas” a este respeito.

No encontro, as partes discutiram ainda formas de melhorar as relações de cooperação entre o Egito e a União Europeia, no âmbito da sua parceria estratégica.

Após a reunião, von der Leyen viajou até à passagem fronteiriça de Rafah, que liga o norte do Sinai egípcio à Faixa de Gaza, para ver no terreno a ajuda humanitária que entra no enclave palestiniano.

A responsável europeia segue para Amã, capital da Jordânia, onde se reunirá com o rei do país, Abdullah II, para também falar da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que já fez mais de 16.000 mortos segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza (controlado pelo Hamas).