
Na conferência de imprensa para apresentação do evento que irá decorrer nesse concelho do distrito de Aveiro de 26 a 29 de maio, o presidente da autarquia – que é a entidade que organiza o festival orçado em 263.000 euros – atribuiu a situação às circunstâncias da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.
“Estava contratada uma companhia ucraniana, mas não sabemos bem onde os seus elementos andam porque, a certa altura, deixou de haver ‘feedback’”, declarou Emídio Sousa.
A gestora do projeto Imaginarius, Telma Luís, adiantou à Lusa que a companhia em causa é a Theatre of Beautiful Flowers (expressão traduzível por “Teatro das Flores Bonitas”) e que o último contacto com a responsável Olinda Khalina, a partir da cidade de Kharkov, se verificou cerca de uma semana após a invasão da Ucrânia.
“Nessa altura ela já nos explicou que não estava a conseguir contactar com os outros elementos da companhia – os homens, que estavam proibidos de sair do país para poderem integrar o Exército”, explica.
A companhia foi entretanto substituída por outro coletivo, mas Gil Ferreira, vereador da Cultura e diretor-executivo do Imaginarius, assumiu hoje o compromisso de reprogramar os artistas ucranianos numa próxima edição do Imaginarius, logo que a situação no seu país e as suas circunstâncias pessoais o permitam.
O espetáculo que iria fazer parte da 21.ª edição do evento intitulava-se “WTFun Show” e seria exibido em estreia nacional, cruzando teatro cómico, dança e manipulação de objetos.
O registo seria o do “futurismo funk”, género teatral sem palavras em que a companhia se diz precursora.
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