Este Conselho de Ministros extraordinário foi anunciado no passado dia 12, depois de a Comissão Técnica Independente nomeada pela Assembleia da República ter concluído o seu relatório sobre os incêndios de Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e Góis (distrito de Coimbra) em junho passado, que provocaram 64 mortos.

Já no domingo passado, centenas de incêndios registados a norte do Tejo fizeram 44 mortos e cerca de 70 feridos.

O Conselho de Ministros extraordinário inicia-se logo a seguir à cerimónia em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dará posse aos novos ministros da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e Adjunto do primeiro-ministro, Pedro Siza Vieira, que está marcada para as 09:30, no Palácio de Belém.

Em sucessivas intervenções públicas, o primeiro-ministro tem afirmado que o Governo vai levar à prática as medidas constantes no relatório da Comissão Técnica Independente, procedendo a "uma profunda" reforma dos modelos de prevenção e combate da proteção civil.

"Depois deste último verão nada poderá ficar como antes", tem declarado António Costa, que na próxima terça-feira, na Assembleia da República, por causa das consequências trágicas dos incêndios de domingo passado, enfrenta uma moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS-PP.

Entre as decisões que poderão sair deste Conselho de Ministros extraordinário está também uma mudança da orgânica do Ministério da Administração Interna, com a autonomização da proteção civil ao nível das secretarias de Estado.