Os dados foram divulgados pelo diretor do FPV, Alfredo Romero, através da rede social Twitter, precisando que 1.048 pessoas continuam detidas, 655 foram julgadas por tribunais militares e há 676 presos políticos no país.

Por outro lado, num comunicado divulgado em Caracas, o FPV, organização não-governamental, precisa que “qualquer solução que seja proposta perante a grave crise venezuelana deve ser pacífica” e “expressa formalmente o seu desacordo com a violência em qualquer das suas formas”.

“Nos pronunciamos a favor de uma solução para a grave crise humanitária, social, política e económica que padece a Venezuela, de maneira pacífica, através dos meios previstos para tal, não só na nossa ordenança jurídica, mas também nos instrumentos legais internacionais que regulam as relações entre os Estados e entre os governos e os cidadãos, especialmente os que reconhecem e protegem os direitos humanos”, explica.

Nesse sentido, o FPV apela “à comunidade internacional para colaborar com os venezuelanos no restabelecimento da democracia, do Estado de Direito e em conseguir Justiça e para que cesse a impunidade em matéria de violações dos direitos humanos, fazendo uso dos mecanismos estabelecidos nos tratados internacionais e através das instâncias neles formalmente estabelecidas”.

“Fazemos um apelo ao Governo venezuelano a cessar de imediato todo os atos de perseguição, intimidação ou ameaça contra a cidadania, a libertar de imediato os presos políticos, a finalizar toda a investigação ou procedimento persecutório, motivado por razões políticas”.

Também “a respeitar a Constituição da Venezuela, em vigor, e a cingir os seus atos, estritamente, aos preceitos, princípios e valores recolhidos, na nossa Carta Magna e nos Tratados internacionais subscritos e ratificados” pelo país.

Na Venezuela, os protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde abril último, depois de serem divulgadas duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça que limitavam a imunidade dos deputados e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.

Também depois de o Presidente Nicolás Maduro anunciar uma convocatória a uma Assembleia Constituinte, para reformar a Constituição.

Pelo menos 121 pessoas morreram no âmbito dos protestos.