De acordo com a KCNA, trata-se de "um novo modelo de míssil balístico estratégico de médio e longo alcance, o Hwasong-12". A agência de notícias sublinhou que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, "supervisionou pessoalmente o teste".
O novo míssil - disparado pelas 05:30 locais de domingo (21:30 de sábado em Lisboa) - atingiu uma altitude de 2.111 quilómetros, percorreu cerca de 700 quilómetros e caiu no Mar do Japão, indicou o exército sul-coreano em comunicado.
A agência estatal norte-coreana acrescentou que o disparo do míssil visou fazer um teste "às características e pormenores técnicos" da nova arma, "capaz de transportar uma grande e potente ogiva nuclear".
O míssil, escreveu a KCNA, seguiu a trajetória planeada e caiu "exatamente no local previsto".
O teste do novo míssil balístico norte-coreano motivou reações críticas de vários quadrantes: os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul pediram uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações, que foi já marcada para a tarde de terça-feira.
A confirmação da reunião de urgência foi avançada nas Nações Unidas pela representação do Uruguai, país que preside ao Conselho de Segurança ao longo do mês de maio.
O disparo do míssil balístico - o segundo no espaço de 15 dias - foi interpretado como um desafio na sequência da recente eleição do novo Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In.
A NATO criticou o lançamento do míssil e apelou a Pyongyang para que incentive o desanuviamento da tensão, em vez de insistir nas "provocações".
O míssil constitui "um incumprimento flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", o que pressupõe "uma ameaça à paz e à segurança internacional".
A União Europeia considerou o disparo "uma ameaça à paz e segurança internacional", numa escalada da tensão na região.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o endurecimento de sanções contra a Coreia do Norte no seguimento do disparo.
Também a China e a Rússia já reagiram, mostrando-se "preocupadas com a escalada de tensão" na península coreana.
O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, “discutiram em detalhe a situação na península coreana” durante um encontro, em Pequim, e “as duas partes exprimiram a sua preocupação para com uma escalada de tensão”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
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