A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda refere em comunicado enviado à agência Lusa que, no atual contexto de pandemia por Covid-19, entendeu o Conselho de Administração "proceder a algumas mudanças, reestruturando espaços e funcionamento dos serviços que durarão enquanto se mantiver o período contingente" que o país atravessa.

Segundo a nota, ficam definidas duas áreas distintas no HSM, "de forma a cumprir o objetivo de segurança e proteção" dos utentes e profissionais.

"No denominado Pavilhão Novo, toda a sua área de internamento e Bloco Operatório - Piso 1, ficarão afetos a doentes suspeitos ou confirmados de infeção por coronavírus. Manter-se-ão as restantes unidades e serviços que funcionam nos restantes pisos. Nos denominados Pavilhões 1 e 5, serão internados todos os outros doentes com necessidade, das diversas especialidades", lê-se.

A ULS adianta que para "acomodar esta situação" houve necessidade de deslocar serviços, por isso, o Serviço de Ortopedia passa a ocupar as instalações do serviço de Cardiologia; o Serviço de Cardiologia passa a partilhar o piso de Medicina Interna; o Serviço de Cirurgia passa a ocupar as instalações do Serviço de Ginecologia; o Serviço de Ginecologia passa a partilhar um espaço no Serviço de Obstetrícia; e o Serviço de Pneumologia passará a ocupar as instalações onde atualmente se encontra o internamento de Psiquiatria.

No âmbito do quadro de alterações definido pela ULS/Guarda para o HSM, a Urgência Pediátrica passa a ocupar as instalações onde se encontra atualmente a Consulta Externa de Psiquiatra; a Consulta Externa de Psiquiatria passa a funcionar na zona das Consultas Externas do Pavilhão Novo; e as cirurgias de doentes não infetados por coronavírus serão realizadas no Bloco Operatório do Pavilhão 5.

As alterações foram iniciadas na terça-feira e decorrerão de forma faseada até ao final da semana.

A partir das 13:00 de hoje, a Urgência Pediátrica funcionará já no novo espaço, pelo que o seu acesso preferencial será pela portaria da antiga Consulta Externa, indica a fonte.

A ULS da Guarda lamenta "quaisquer constrangimentos ou incómodos" que as medidas possam causar a utentes e profissionais, mas adverte que "é definitivamente a melhor opção para minimizar o risco".

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.