“Acredito, desejo, quero e rezo para que o Papa Francisco esteja na Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, como ele tem, repetidamente, confirmado com uma pequena nuance que todos os papas têm dito – João Paulo II e Bento XVI – o Papa estará. Se acontecer qualquer coisa extraordinária que não desejamos, estará o papa sucessor”, adiantou.

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 assegurou não ter “qualquer informação" sobre uma eventual ausência de Francisco. "Pelo contrário”.

O bispo disse que, “mesmo das conversas com o Papa", saiu sempre a afirmação que estará presente, "a não ser que qualquer coisa de limitativo totalmente o impeça de estar”.

E lembrou tratar-se de “um avô (…) com um problema no joelho e sempre que faz pressão no joelho magoa e limita”.

“Mas eu faço uma proclamação de desejo, de vontade (...) de que o Papa Francisco, se Deus quiser, estará connosco em Lisboa”, acrescentou o bispo auxiliar de Lisboa.

O Papa Francisco revelou, numa entrevista publicada no dia 18 de dezembro, que assinou, há cerca de nove anos, uma carta de demissão caso problemas de saúde o impeçam de cumprir as suas funções.

O chefe da Igreja Católica, de 86 anos, disse ao diário espanhol ABC que assinou a carta de demissão e remeteu-a ao secretário de Estado do Vaticano, Tarcísio Bertone, antes de este se reformar em 2013.

Francisco, que já havia afirmado no passado que renunciaria caso tivesse problemas de saúde, disse não saber o que Bertone fez à carta.

O papa emérito Bento XVI, que morreu no sábado com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, dois meses antes de completar oito anos no cargo.

Joseph Ratzinger, que foi papa entre 2005 e 2013, nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se o primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

O funeral de Bento XVI realizou-se hoje, na Praça de São Pedro, numa celebração presidida pelo Papa Francisco.