As inundações (38,5% dos danos) e as tempestades (20%) representam quase 60% destes custos, de acordo com o estudo, apresentado em Viena durante uma reunião da União Europeia de Geociências.

Desde 1900, os terramotos provocaram cerca de 30% das vítimas fatais de catástrofes naturais. Os sismos causaram 26% das perdas económicas atribuídas aos desastres naturais, e as erupções vulcânicas, 1%. A esses fenómenos acrescem os incêndios florestais, as secas, as ondas de calor e outros.

James Daniell, engenheiro do Instituto Tecnológico de Karlsruhe (Alemanha), registou 35.000 desastres naturais entre 1900 e 2015, o que representa a maior base de dados que existe hoje sobre o tema. "As inundações são as primeiras responsáveis" pelas perdas económicas e pelo número de mortos (metade), declarou à AFP este cientista australiano especialista em estudo de riscos. Não obstante, afirma Daniell, desde 1960 as tempestades tornaram-se mais destrutivas que as inundações a nível económico. Desde o início do século XX, acrescenta o cientista, "o número de mortes atribuídas a catástrofes naturais manteve-se constante, de maneira surpreendente, com uma ligeira queda", ainda que a população mundial tenha aumentado consideravelmente. "Cerca de 50.000 pessoas morrem a cada ano por causa delas", diz.