"É uma tecnologia revolucionária e tem um potencial para recolha de dados enorme", afirmou Andrew Shaw, responsável executivo e fundador Attomarker.

Esta tecnologia foi a testes clínicos este ano, dando os seus primeiros resultados ao diagnosticar COVID de longa data e a presença de seis anticorpos que revelavam a persistência do vírus Sars-Cov-2 no organismo de um dos doentes testado.

Também está a ser desenvolvida para detetar proteínas relacionadas com fertilidade feminina, alergias, diabetes e Alzheimer. Em termos de Alzheimer, os primeiros testes mostrarem que consegue detetar nove bio marcadores associados com essa doença.

A tecnologia, para já, tem de ser utilizada num computador de laboratório e demora cerca de dez minutos, mas o plano para o futuro é que se conseguia correr numa ligação a uma aplicação no telemóvel.

Uma das preocupações é a comparação à Theranos, um teste fraudolento que surgiu nos Estados Unidos da América. Mas, Shaw explica que "a diferença é que nós temos a tecnologia e os resultados para demonstrar, algo que eles nunca tiveram".

Shaw afirmou que o dispositivo móvel deve custar cerca de 300 libras (cerca de 349 euros ) e que o chips podem vir a custar entra 10 a 20 libras (entre 11 a 23 euros).

"O caminho é começar pelas clínicas privadas e depois chegar ao NHS (sistema público de saúde britânica)", afirmou Shaw.

Como funciona?

Esta tecnologia funciona com nano partículas de ouro, que são colocadas em vários locais. Assim sendo, cada local é tratado para se encontrar uma proteína em particular, podendo fazer o estudo de 20 bio marcadores por amostra de sangue de 0.01ml. De notar que uma amostra de sangue retirada nos hospitais consiste em 30ml.

Assim, quando iluminados este locais, as nano partículas refletem um padrão que indica a quantidade de bio marcadores à superfície.