De acordo com a agência Reuters, os investigadores estão a investigar Szymczyk numa fase em que os meios de comunicação locais estão a avançar que o diretor nacional da polícia da Polónia disparou um lança-granadas dentro da sede.

O ministro do Interior polaco adiantou apenas na quinta-feira que Jarosław Szymczyk sofreu ferimentos e foi levado para o hospital quando um presente que recebeu durante uma visita à Ucrânia explodiu na sede nacional da polícia, em Varsóvia.

Os media polacos adiantam que o presente é um lança-granadas e que Szymczyk disparou-o acidentalmente no seu escritório, o que consta como uma violação grave das regras de segurança, e danificou o teto no edifício.

O ministério público polaco lançou um comunicado onde apenas revela estar a investigar "um ato não intencional consistindo numa violenta libertação de energia que ameaçou a vida ou integridade de muitas pessoas e bens materiais".

A nota diz que três pessoas ficaram feridas, mas não revela qual a gravidade dos ferimentos.

O comandante reuniu-se com líderes do Serviço de Situações de Emergência da Polícia da Ucrânia no domingo e na segunda-feira, referiu o Ministério do Interior polaco.

Após a explosão, “o lado polaco perguntou ao lado ucraniano para fornecer explicações esclarecedoras”, acrescentou. Segundo o ministério polaco, o comandante da polícia está hospitalizado desde quarta-feira para observação.

A Polónia é aliada da Ucrânia e tem-lhe oferecido diversas formas de apoio desde a invasão russa do país em três frentes, a 24 de fevereiro deste ano: Varsóvia tem enviado ajuda militar e humanitária e acolhido um elevado número de refugiados.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.