À saída do Tribunal de Matosinhos, onde o proprietário do animal foi ouvido durante a tarde, o advogado de defesa, João Macedo, referiu apenas que o processo está em segredo de justiça, não podendo fazer mais comentários.

“Saiu, para já não vai ser presente a ninguém e o processo irá correr nos termos normais, com toda a serenidade e no tribunal onde deve correr”, afirmou.

Na terça-feira, uma criança de quatro anos foi atacada por um cão de raça Rottweiler, em Matosinhos, tendo sido transportada para o Hospital de São João, no Porto, e submetida a uma cirurgia, encontrando-se estável.

Segundo a PSP, o homem incorre em crimes de ofensa à integridade física negligente (por não ter o animal devidamente açaimado e com trela, o que permitiu o ataque à criança), ofensa à integridade física (por agressões ao pai da criança) e omissão do dever de auxílio (por ter abandonado o local após o ataque).

Criança atacada por cão em Matosinhos está consciente e mãe já teve alta
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O dono do animal estaria a passear o Rottweiler sem trela e sem açaime, tendo sido chamado à atenção por transeuntes. Foi então que “o homem se insurgiu contra as pessoas” e o cão - que “por lei deve andar com açaime e trela” - atacou pela primeira vez a criança de quatro anos, contou fonte policial.

Após o primeiro ataque, o pai da criança terá começado a tirar fotografias e “o indivíduo insurgiu-se e agrediu-o”, pelo que “o cão atacou novamente a criança”, acrescentou.

A criança apresentava ferimentos no couro cabeludo, ombro e numa mão, mas “não estava em estado grave”, de acordo com os bombeiros. Inicialmente, fonte da PSP tinha indicado que a menina estava “praticamente desfigurada”, num “estado muito grave”.

A criança chegou primeiro ao hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, acompanhada da mãe, que também foi atacada pelo animal, tendo sido as duas encaminhadas para o Hospital de São João, no Porto.

O cão feriu ainda uma terceira pessoa, sem gravidade.

Em declarações hoje à Lusa, o pai da criança, Paulo Fernandes, disse que a menina está consciente e estável, mas que a recuperação será longa.

A mulher, igualmente ferida, teve alta hospitalar para estar com a filha, mas tem um dreno no braço e ainda poderá vir a ser operada, explicou.

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