“É a terra que quero deixar aos meus filhos, criando oportunidades de crescimento e onde todos gostem de viver”, afirmou à Lusa, acrescentando que o motiva também “vontade de procurar soluções para estratégias de desenvolvimento integrado”.

Duarte Moreno resumiu que nos últimos quatro anos a sua prioridade foi para as políticas sociais e “auxiliar os que mais precisam” e que no próximo mandato, se for eleito, “será a consolidação de todas as medidas sociais e as obras infraestruturais”.

O autarca lembrou que o município tem garantidos fundos comunitários, que começam agora a chegar, para um investimento global de 18 milhões de euros para melhorar toda a face urbana.

Estas obras vão agora avançar, segundo disse, depois de no mandato que está a terminar, “por opção, terem sido adiadas para ajudar as famílias” durante os anos da crise nacional.

O candidato exemplificou que durante este mandato ocorreu “uma redução sem precedentes na carga fiscal de IMI e IRS, que permitiu às famílias uma poupança de mais de 2,6 milhões de euros em quatro anos”.

Destacou ainda o reconhecimento internacional alcançado com a inclusão do concelho na rede internacional de Geoparques da UNESCO.

Duarte Moreno recandidata-se consciente de que terá “de prestar contas à Justiça” num processo que corre ainda nos tribunais e em que foi condenado, na primeira instância, há mais de dois anos a três anos de prisão, com pena suspensa, perda de mandato e impedimento de se candidatar a novos cargos, mas sem feitos imediatos.

O autarca recorreu e mostra-se “perfeitamente à vontade” para pedir a confiança dos eleitores.

“Enquanto não for condenado, nada me afeta”, declarou, admitindo, contudo que, se houver desenvolvimentos durante a campanha será “uma sombra”.

Duarte Moreno foi condenado pelo crime de prevaricação por, há quase uma década, enquanto vice-presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, ter licenciado um projeto que ficou conhecido como a “Curriça de luxo”, por em vez de um armazém agrícola ter sido construída uma moradia em zona proibida.

O candidato tem 54 anos, é casado, com três filhos e licenciado em Economia.

Foi promotor imobiliário e investidor em diversas empresas e em 2002 chegou à vice-presidente da autarquia transmontano, lugar que ocupou até ter sido eleito, em 2013, presidente da Câmara como independente pelo PSD.

Por inerência é também presidente da Associação Geopark Terras de Cavaleiros e da Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, um dos espaços mais emblemáticos do distrito de Bragança, pelas praias fluviais e conservação da Natureza.