A mulher, que se acredita ser a mãe das duas crianças mortas, foi detida na Coreia do Sul sob acusação de assassinato após um pedido da Nova Zelândia, comunicaram as autoridades de ambos os países. A suspeita enfrentará um processo de extradição, acrescentaram.

"A polícia prendeu a suspeita no apartamento em Ulsan nesta quinta-feira depois de mantê-la sob vigilância com pistas do seu paradeiro e imagens de videovigilância", disse a Agência Nacional de Polícia de Seul em comunicado.

"A suspeita é acusada pela polícia da Nova Zelândia de ter matado os seus dois filhos, com sete e 10 anos à época, por volta de 2018 na área de Auckland", detalhou. "Descobriu-se que ela veio para a Coreia do Sul após o crime e que se escondia desde então", acrescentou.

A agência nacional de notícias Yonhap afirmou que ela era uma cidadã da Nova Zelândia nascida na Coreia do Sul.

"A polícia planeia transferir a mulher para a Procuradoria do Distrito Central de Seul antes da revisão do processo de extradição pelo Supremo Tribunal de Seul", segundo a agência.

A descoberta macabra ocorreu em agosto, depois de uma família ter comprado uma auto-caravana cheia de objetos, incluindo malas, num leilão de bens abandonados em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia.

O detetive-inspetor Tofilau Fa'amanuia Vaaelua disse em Auckland que o caso era "uma investigação muito desafiante".

"Ter alguém detido no exterior num período tão curto de tempo deve-se à assistência das autoridades coreanas e à coordenação do pessoal da Interpol na polícia da Nova Zelândia", disse ele.