Os incêndios que no domingo deflagraram no país colocaram “fora de serviço as Subestações de Aguieira (Viseu), Mortágua (Viseu), Candosa (Coimbra), Oliveira do Hospital (Coimbra) e Mira (Coimbra), cujas redes foram, entretanto já recuperadas”, divulgou a EDP num comunicado enviado à agência Lusa.

Na zona da Pampilhosa da Serra (Coimbra), Vouzela (Aveiro) e Oliveira do Hospital, as dificuldades de circulação “são ainda particularmente sentidas”, mas a empresa tem mobilizados e a trabalhar no terreno, “cerca de 600 operacionais que, em articulação com as autoridades locais, as autarquias e a Proteção Civil têm concentrado esforços para que, à medida que as estradas permitam a circulação, seja realizado o reconhecimento dos danos nas redes e efetuada a intervenção para reparação”.

Nas zonas mais críticas “estão já ligados e/ou preparados para ligação no local, geradores e centrais móveis”, adiantou a EDP, estimando que a reposição da rede de Média Tensão seja feita “durante o dia de hoje”.

Ainda segundo a empresa, as equipas estão empenhadas” na reparação das linhas que alimentam as zonas rurais dos municípios de: Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital, Vouzela, Tondela (Viseu), Seia (Guarda), Gouveia (Guarda) e Lousã (Coimbra) bem como a zona industrial de Mira”.

Estão ainda mobilizados “recursos aéreos para apoiar o reconhecimento e localização dos estragos duma forma mais célere”.

A empresa prevê, nos próximos dias, prosseguir os trabalhos na rede de Baixa Tensão “também com danos muito relevantes e bastante dispersos em vários municípios da zona centro”.

No comunicado, a EDP alerta ainda as populações das regiões atingidas pelos incêndios, para, por razões de segurança, “não tocarem em quaisquer linhas partidas” e para o cuidado a ter com “a colocação de geradores em locais pouco ventilados podendo o seu uso inadequado provocar intoxicações”.

Ao cerca de 500 incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.