Abdelfatah al-Sissi, considerado favorito para um terceiro mandato de seis anos, tem pela frente Farid Zahran, líder do Partido Social Democrata Egípcio (PES), Abdel Sanad Yamama, presidente do Partido Wafd, e Hazem Omar, do Partido Popular Republicano (RPP), candidatos “autorizados” pelo atual regime, que reprimiu os opositores mais importantes, impedindo-os de concorrer.

Segundo a Autoridade Nacional de Eleições (NEC, na sigla inglesa), cerca de 67 milhões de egípcios com mais de 18 anos deverão ir às urnas (estarão abertas 10.085 assembleias de voto), incluindo os cerca de 14 milhões no estrangeiro, tendo estes últimos tido a oportunidade de votar entre 01 e 03 deste mês em 137 embaixadas e consulados do país em 121 Estados.

Esta é a terceira eleição desde que al-Sissi assumiu a liderança do Egito após o golpe de Estado de 2013 que derrubou o governo da Irmandade Muçulmana, liderado por Mohamed Morsi, cujo antigo marechal era ministro da Defesa.

As eleições decorrem no meio de uma das piores crises económicas do país, e al-Sissi deverá ser reeleito, uma vez que também está a sair fortalecido pela forma como lidou com a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.

A questão económica será, assim, a principal questão em jogo nas eleições, num país onde dois terços dos 105 milhões de egípcios vivem abaixo ou um pouco acima do limiar da pobreza.

A inflação está atualmente nos 40%, a desvalorização de 50% da moeda fez disparar o preço dos bens — praticamente todos importados — nos últimos meses e os recentes bónus e aumentos anunciados pelo Presidente para os funcionários públicos e pensionistas tiveram pouco efeito.