"Numa altura em que tanto se fala em meios e recursos, este é o exemplo de boas práticas de adaptabilidade aos novos desafios que temos pela frente", disse Marcos Perestrello, durante a cerimónia de aumento ao efetivo da Unidade Auxiliar de Marinha (UAM), batizada de "Madeira".

Trata-se de um iate apreendido a traficantes de droga e mais tarde entregue pelo poder judicial à Marinha, que o transformou e equipou para missões de patrulha e fiscalização.

"As suas características técnicas, como a velocidade e o comportamento no mar, serão uma mais valia no combate ao tráfico de seres humanos e de droga, na fiscalização da pesca e na salvaguarda dos demais recursos marinhos no exercício fundamental da autoridade do Estado no mar", disse Marcos Perestrello.

O governante sublinhou que em estados ribeirinhos e arquipelágicos, como Portugal, o combate à criminalidade no mar, a preservação dos recursos marinhos e a proteção e assistências às pessoas e embarcações assumem uma "importância extraordinária" e um "papel central" nas políticas públicas.

"Compete ao governo criar as melhores condições, dentro das limitações de recursos que todos conhecemos, para garantir a defesa desta enorme fonte de recursos e de riqueza", afirmou, vincando que a cerimónia de entrega da nova embarcação à Marinha traduz o interesse dado ao reforço dos meios.

O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, sublinhou, por seu lado, a importância da Marinha e da Política Marítima para a Madeira, destacando o apoio aos parques naturais, bem como o seu papel na afirmação da soberania nas Ilhas Selvagens.

"A hierarquia das Forças Armadas, nos seus três ramos, vem dedicando a esta região autónoma uma particular atenção, que está bem patente na afetação de recursos, na eficácia com que vem desenvolvendo as respetivas missões nestas ilhas e, sobretudo, no apoio incondicional às populações civis em eventos recentes", disse.