As remessas que os emigrantes portugueses enviam para Portugal valem 1,8% do Produto Interno Bruto do país. Esta é uma das conclusões do “Atlas da Emigração Portuguesa”, elaborado pelo Observatório da Emigração e citado pelo Jornal de Notícias.

Este valor chega a equivaler o recebido nos fundos europeus transferidos todos os anos para Portugal — a título de exemplo, o país recebeu 3,6 mil milhões de euros em remessas dos seus emigrantes em 2021.

Os maiores montantes vêm de França e da Suíça, que representam mais de metade do valor. Ao JN, o coordenador científico do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires, explica que tal se deve ao número de portugueses a viver nesses países. “França tem mais de meio milhão [600 mil] de pessoas nascidas em Portugal. É normal que países com menos emigrantes portugueses não tenham o mesmo impacto nas remessas”, afirma ao diário.

Portugal, frisa o Observatório da Emigração, é o país da Europa com mais emigração: mais de 2,6 milhões de cidadãos nascidos em Portugal vivem fora das suas fronteiras. Entre 2001 e 2020, 15% da população emigrou, perfazendo 1,5 milhões de pessoas — e os destinos são maioritariamente europeus.