A decisão foi divulgada pela ministra dos Negócios Estrangeiros do Equador, Maria Fernanda Espinosa.

A representante precisou que as autoridades de Quito decidiram conceder a cidadania a Assange enquanto procuram formas para lidar com a atual situação judicial do jornalista.

“A nacionalidade foi concedida em 12 de dezembro de 2017", referiu a chefe da diplomacia do Equador numa conferência de imprensa, explicando que o governo de Quito pediu às autoridades britânicas para atribuirem um estatuto diplomático, algo que foi recusado pelo executivo de Londres.

A recusa também foi hoje confirmada pela diplomacia britânica.

O Equador deu asilo político a Julian Assange quando este se refugiou na embaixada equatoriana em Londres em 2012, para escapar a um mandado de detenção europeu emitido pela Suécia e a eventual extradição no âmbito de uma investigação por violação e assédio sexual.

O fundador do WikiLeaks sempre negou as acusações e argumentou que o mandado de detenção era uma manobra para conseguir a sua extradição para os Estados Unidos, onde pode ser processado pela publicação de documentos militares e diplomáticos confidenciais.

Em maio de 2017, a justiça sueca abandonou o processo contra Assange, que permanece exilado na representação diplomática equatoriana em Londres porque ainda corre risco de prisão por incumprimento de fiança no Reino Unido.