De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), as escolas estão a preparar-se para não abrir no dia 12, como é habitual quando é dada tolerância de ponto à função pública.

“Num período letivo que já é tão curto – temos só 32 dias de aulas – um dia a menos é um constrangimento, mas os professores vão ultrapassá-lo”, afirmou Filinto Lima.

O dirigente escolar frisou que os alunos do 9.º ano e do 12.º ano, que realizam exames, têm apenas 32 dias de aulas no terceiro período este ano.

Filinto Lima não pôs em causa a tolerância concedida por ocasião da visita do papa, mas aproveitou para lembrar que os diretores têm defendido que seria mais equilibrado o calendário escolar estar divido por semestres, em vez de seguir as festas religiosas, como o natal e a páscoa.

“Percebo que é um acontecimento de grande envergadura e que até obriga o nosso governo a aplicar medidas invulgares, como o fecho das fronteiras, mas temos de pensar no que temos vindo a pedir”, a organização do calendário letivo por semestres, defendeu.

“Vamos superar, mas é mais uma dica para pensar”, reiterou.

Para os pais, este vai ser mais um dia para “inventar o que fazer com os filhos”, nomeadamente os que não trabalham na Função Pública, disse à agência Lusa o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascensão.

A Lusa contactou igualmente o Ministério da Educação, mas não obteve resposta.