“Isto é um caso sério. Estamos a falar num conjunto de sanções que, neste momento, devem ser do plano económico”, disse o responsável governamental em declarações à Rádio Nacional Espanhola citadas pela agência EFE.

De la Serna explicou que cabe à Agência Estatal de Segurança Aérea (AESA) determinar a gravidade da decisão e o tipo de sanção que deve ser aplicada, dando a entender que a empresa irlandesa, neste momento, não corre o risco de ver suspendida a sua licença de operar em Espanha.

De la Serna avançou que o inquérito “acaba começar” com o envio de uma carta pessoal ao presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, que irá agora dar explicações sobre o sucedido.

O ministro acrescentou que, no caso de a transportadora não dar explicações adequadas, a AESA irá criar um mecanismo para que as pessoas afetadas possam apresentar uma reclamação sem custos.

“Estamos a seguir o caso com atenção e vamos defender os direitos dos passageiros”, assegurou Íñigo de la Serna.

Na passada sexta-feira, a companhia aérea ‘low cost’ (baixo custo) anunciou o cancelamento de 40 a 50 voos por dia durante seis semanas, até ao final de outubro, num total de cerca de 2.000 voos, com o objetivo de “melhorar a sua pontualidade”, que diz ter caído “abaixo de 80%” nas duas primeiras semanas de setembro.

Na segunda-feira, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, assegurou que o cancelamento de voos nas próximas seis semanas não se deve a falta de pilotos, mas a um “erro” na distribuição de férias, tendo assumido “toda a responsabilidade pessoal”.

Numa conferência de imprensa realizada em Dublin, sede da companhia aérea, O’Leary pediu desculpas aos milhares de passageiros que serão afetados por esta medida, mas insistiu que apenas serão afetados 2% de todos os voos da companhia, líder na Europa no setor ‘low cost’.