Estavam lá todos os ingredientes, mas ainda assim a noite eleitoral em Espanha conseguiu ser mais renhida, imprevisível e interessante do que se poderia antecipar.

Uma noite eleitoral que arrancou com projeções que davam a vitória - confirmada - ao PP (mas com menos lugares no Parlamento do que aqueles que anteciparam) e a possível maioria com o Voz - não confirmada, até porque o partido de extrema-direita foi um dos grandes derrotados tendo perdido 19 deputados.

No final da maratona, dois líderes reclamam vitória: AlBerto Nuñez Feijóo - que efetivamente lidera o partido mais votado - e Pedro Sánchez que, sendo o segundo mais votado, é o que reune melhores condições para obter uma maioria parlamentar.

Condição que em muito deve à aliança com Yolanda Diaz do Sumar, o partido da extrema-esquerda cor de rosa como já lhe chamaram. Uma esquerda que não assusta o centro, liderada por uma mulher que podia bem ser uma executiva numa empresa mas que é a porta-voz de um partido que se coloca ao lado dos trabalhadores e das minorias.

E , claro, a Catalunha, como sempre, a ser fator de desempate.

Vão ser semanas interessantes, as que se avizinham em Espanha.