"Do resultado do relatório da Comissão Técnica Independente nomeada pelo parlamento é inequívoco que em diversos momentos e circunstâncias houve falhas graves dos serviços do Estado. Portanto, cumpre ao Estado assumir as responsabilidades perante as vítimas de Pedrógão Grande", declarou o primeiro-ministro.

António Costa falava na abertura do debate quinzenal na Assembleia da República, após uma intervenção inicial do deputado socialista

Na sua intervenção, o primeiro-ministro voltou a defender a necessidade de um consenso político alargado em relação às medidas a tomar para prevenir novos incêndios florestais com consequências trágicas, sustentando que agora "é hora de agir".

"Já disse que o que importa fazer é transformar em programa de ação as conclusões que constam do relatório da Comissão Técnica Independente" sobre os incêndios de junho, razão pela qual foi convocado um Conselho de Ministros extraordinário para o próximo sábado.

De acordo com António Costa, "agora a pergunta não é o que fazer, mas agir".

"Espero que o consenso que se gerou nesta Assembleia da República em torno da iniciativa do PPD/PSD para constituir a Comissão Técnica Independente possa suportar também um consenso alargado quanto às medidas que esta comissão propõe que nós adotemos", afirmou.

Na perspetiva de António Costa, após os trágicos incêndios ocorridos em Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e no domingo passado, "cumpre ao Governo retirar consequências daquilo que foi estudado, de forma a criar condições estruturais para que aquilo que aconteceu não volte a acontecer".

"Depois deste Verão nada pode ficar como antes. Seria intolerável e a forma de honrar efetivamente com atos e não com palavras quem sofreu, sofre e sofrerá é fazendo aquilo que falta fazer", acrescentou.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos (mais de uma dezena dos quais graves), além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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