O tratamento foi desenvolvido especificamente contra o novo coronavírus. Outros, como remdesivir e dexametasona, receberam autorização após terem mostrado certa eficácia contra o vírus, mas as suas moléculas já existiam antes da pandemia e tinham outros usos.

A FDA deu autorização "para o uso de emergência" do novo tratamento, baseando-se nos resultados de um teste clínico realizado com 465 adultos não internados. A Eli Lilly tinha solicitado a aprovação da agência reguladora há pouco mais de um mês.

Os anticorpos poderão ser usados apenas em adultos e jovens com mais de 12 anos, que pesem a partir de 40 kg e corram "alto risco de evoluir para a forma grave ou internação".

O tratamento, chamado bamlanivimab, é administrado por meio de uma injeção intravenosa. Esses anticorpos imitam a ação do sistema imunológico após a infeção pelo novo coronavírus, bloqueando a ponta do vírus, que lhe permite aderir às células humanas e penetrá-las.

O tratamento é considerado mais eficaz na fase inicial da doença, quando os anticorpos ainda têm chance de deter o vírus. No teste clínico, apenas 3% dos pacientes com alto risco de desenvolver a forma grave da Covid-19 tiveram que ser internados ou procurar atendimento de emergência após receberem o bamlanivimab, frente a 10% que receberam um placebo.