Zambada, que está foragido, já foi acusado em múltiplos casos por conspiração de assassinato, lavagem de dinheiro, tráfico de cocaína, heroína, metanfetamina e fentanil, acrescenta. Esta quinta acusação amplia as datas da atividade criminosa até janeiro de 2024.

Segundo os documentos judiciais, Zambada é acusado de traficar pelo menos 400 gramas de fentanil, um opioide que mata cerca de 70 mil pessoas por ano nos Estados Unidos, mas "será provado durante o julgamento" que o líder do cartel foi responsável por traficar "uma quantidade muito maior".

"Ele é acusado de vários crimes relacionados a drogas, incluindo agora o fabrico e distribuição de fentanil, uma droga mortal que era em grande parte desconhecida quando ele fundou o Cartel de Sinaloa há mais de três décadas", afirma o procurador federal do distrito leste de Nova Iorque, Breon Peace, citado no comunicado.

"Essa quinta acusação substitutiva demonstra a nossa firme determinação em levá-lo à justiça", assim "como foi feito com o narcotraficante mexicano Joaquín 'Chapo' Guzmán", acrescenta.

O Departamento de Estado oferece uma recompensa de até 15 milhões de dólares por qualquer informação que leve à prisão ou condenação de Zambada.

Segundo Washington, de 1989 a 2024, Zambada liderou uma empresa "responsável pela importação e distribuição de quantidades massivas de narcóticos, gerando milhares de milhões de dólares em lucros".

"Ele empregava pessoas para obter rotas de transporte e armazéns para importar e armazenar narcóticos, e 'sicarios' para realizar sequestros e assassinatos no México e retaliar contra rivais que ameaçavam o cartel", detalha. De seguida, os traficantes transportavam de volta para o México os milhões de dólares gerados pela venda de drogas.