Sergey Lavrov concedeu uma entrevista à agência TASS, apontando o dedo ao Ocidente e aos Estados Unidos.

"As ações do Ocidente e do seu fantoche [presidente ucraniano Vladimir] Zelensky confirmam a natureza global da crise ucraniana. Não é segredo que o objetivo estratégico dos EUA e dos seus aliados da NATO é obter uma vitória sobre a Rússia no campo de batalha. como um mecanismo para enfraquecer ou mesmo destruir o nosso país. Os nossos adversários farão qualquer coisa para atingir esse objetivo", disse Lavrov.

Para o ministro, o principal beneficiário deste conflito são os Estados Unidos, tanto do ponto de vista estratégico como também financeiro.

"Washington também tem resolvido um objetivo geopolítico fundamental de quebrar os laços tradicionais entre a Rússia e a Europa e tornar os satélites europeus ainda mais dependentes deles. Os Estados Unidos estão a fazer de tudo para prolongar o conflito e torná-lo mais violento. O Pentágono está a planear pedidos para a indústria de defesa americana nos próximos anos, elevando constantemente o nível de gastos militares para as necessidades das Forças Armadas da Ucrânia e exigindo o mesmo de outros membros da aliança anti-russa. O regime de Kiev é deliberadamente abastecido com as armas mais modernas, incluindo amostras que ainda não foram adotadas pelos próprios exércitos ocidentais, aparentemente para ver como funcionam em condições de combate. Desde fevereiro deste ano, o volume de ajuda militar ao regime ultrapassou 40 mil milhões de dólares, o que é comparável aos orçamentos militares de muitos países europeus. Também sabemos que os círculos políticos americanos estão a pensar cada vez mais em arrastar a Ucrânia para a NATO", referiu Lavrov.