Donald Trump anunciou esta quarta-feira, através de três tweets, que as pessoas transgénero não serão admitidas nas Forças Armadas norte-americanas.

"Depois de ter consultado os meus generais e especialistas militares, por favor notem que o Governo dos Estados Unidos não vai aceitar ou permitir indivíduos transgéneros de servir, de qualquer maneira, as Forças Armadas norte-americanas", escreveu o presidente na rede social Twitter.

Trump justifica a decisão dizendo que os militares norte-americanos "têm de estar concentrados numa vitória definitiva e esmagadora, e não podem ser sobrecarregados com tremendos custos médicos e a perturbação que pessoas transgénero no exército iriam implicar. Obrigado”.

No início de julho, o Pentágono adiou por seis meses o recrutamento de pessoas transgénero para as Forças Armadas dos Estados Unidos, tendo James Mattis, secretário da Defesa norte-americano, aprovado uma “recomendação” para “adiar o acesso dos candidatos transgénero às Forças Armadas até 01 de janeiro de 2018″.

Segundo estimativas do Departamento da Defesa, atualmente já prestam serviço militar entre 2.500 e 7.000 pessoas transgénero entre os 1,3 milhões de militares norte-americanos no ativo, os quais declaram a sua orientação já depois de terem sido integrados.

Até ao ano passado, arriscavam ser expulsos se revelassem a sua orientação sexual.

A decisão de 2016

O Pentágono anunciou, em junho do ano passado, que os transexuais iam deixam de ser impedidos de servir abertamente no exército dos Estados Unidos. A decisão de hoje repõe a proibição existente anteriormente.

Ao abrigo desta política, o exército não podia então demitir ou impedir indivíduos transexuais de se alistarem devido a cirurgias de mudança de sexo ou à sua identidade de género.

Permitir que pessoas transgénero integrassem os corpos militares tinha sido uma conquista durante a Administração Obama. O primeiro passo para o fim da discriminação por orientação sexual nas Forças Armadas foi dado em setembro de 2011, quando o Congresso, na sequência de uma decisão judicial, cancelou a política ‘Don’t ask, don’t tell’ (‘Não perguntar, não dizer’), implementada durante a administração do democrata Bill Clinton (1993-2001), que proibia soldados homossexuais de falar abertamente da sua orientação sexual.

[Notícia corrigida às 15h31: Corrige no título e ao longo do texto 'Exército' para 'Forças Armadas']

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