Segundo a convocatória enviada hoje aos conselheiros nacionais, à qual a Lusa teve acesso, o órgão máximo do partido entre congressos vai reunir-se pelas 21:00 na sede nacional do CDS-PP, no largo Adelino Amaro da Costa, em Lisboa.

A ordem de trabalhos inclui a aprovação dos candidatos do partido a integrar a lista Aliança Democrática – coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM - bem como a aprovação “da alteração da denominação da Coligação Eleitoral à Eleição ao Parlamento Europeu para «AD - Aliança Democrática»”, depois da semelhança com a designação com o ADN nas legislativas de março.

De acordo com várias fontes ouvidas pela Lusa, o CDS deverá indicar o quarto nome da lista da AD, que será provavelmente uma mulher.

O novo órgão, eleito hoje no 31.º Congresso, que decorreu em Viseu, vai também eleger um secretário-geral adjunto e apresentar, discutir e votar o Regulamento de Jurisdição e Disciplina do CDS-PP.

Esta reunião extraordinária já foi convocada pelo novo presidente do Conselho Nacional, Luís Queiró.

O PSD, parceiro de coligação, também vai reunir o seu Conselho Nacional, no mesmo dia e à mesma hora, para aprovar a lista de candidatos e alterar a denominação da coligação.

Em janeiro, PSD, CDS-PP e PPM assinaram um acordo de coligação para as legislativas de 10 de março e as eleições europeias de 09 de junho “com o propósito de oferecer a Portugal a mudança política necessária e um Governo ambicioso, reformista, moderado estável e maioritário”.

No dia das eleições legislativas, a coligação AD (que aparecia nos boletins de voto como Aliança Democrática e com as siglas dos partidos que a integravam) apelou à Comissão Nacional de Eleições que emitisse uma mensagem a alertar para as semelhanças de nome com a Alternativa Democrática Nacional (ADN) nos boletins de votos, sem sucesso.

O CDS-PP tem atualmente um eurodeputado, lugar que foi, até março, ocupado pelo presidente, Nuno Melo, que é agora ministro da Defesa Nacional.

Nas últimas europeias os centristas concorreram em listas próprias e obtiveram 6,19% dos votos, o que corresponde a 205.111 boletins, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).