Em comunicado, a comissão explica que esta situação já foi reportada à empresa concessionária do transporte rodoviário no concelho de Almada, a TST – Transportes Sul do Tejo S.A.

“Por regra, os motoristas cumprem a velocidade aconselhada e aguardam que os passageiros se sentem antes de arrancar com o autocarro das paragens, mas têm chegado à Comissão de Utentes constantes relatos de excesso de velocidade e de desequilíbrios ou mesmo quedas de passageiros dentro das viaturas”, refere a comissão.

Em declarações à agência Lusa, Marco Sargento, da comissão de utentes, explicou que estas situações são mais frequentes nos autocarros mais pequenos (minibus) que a Carris Metropolitana tem a circular no concelho, mas também acontecem nas viaturas de maior dimensão.

A velocidade praticada nestas viaturas, adianta a comissão, leva a que seja uma autêntica aventura assinalar a paragem ou alcançar a saída do autocarro.

A comissão de utentes considera importante o cumprimento dos horários e dos tempos dos percursos, mas sempre acautelando a segurança e o conforto dos passageiros, pelo que exorta a empresa a tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e o conforto dos seus utentes.

Questionada pela agência Lusa, a empresa explicou que “a queda de passageiros no interior dos autocarros são episódios muito pontuais”, mas estão a ser alvo de um “rigoroso processo de averiguação interna”.

O objetivo é analisar as causas dessas quedas e “implementar as medidas necessárias” para evitar que voltem a acontecer”, acrescentou a empresa, ressalvando são “sempre participadas à respetiva seguradora”.

A TST pede ainda à comissão de utentes que lhe faça chegar informação concreta sobre cada situação por forma a poder proceder a uma análise.

Sobre a questão velocidade, a empresa explica que tem o registo de todas as situações anómalas que ocorrem dentro dos seus veículos e que todas as viaturas são monitorizadas, 24 horas por dia, 365 dias por ano, através de sistema de apoio à exploração que permite, entre outras valências, controlar as velocidades em tempo real.

A comissão de utentes exige também que os autocarros cumpram um período de espera de cinco minutos nas paragens antes de iniciarem o horário de circulação uma vez que, por vezes, os utentes não têm tempo de se deslocar entre paragens, como por exemplo no terminal de Cacilhas.

A empresa responde que o período de tempo entre circulações, é habitualmente superior a cinco minutos e está previsto na programação da oferta diária, no entanto devido aos muitos constrangimentos existentes nas vias e apesar de todos os esforços efetuados, por vezes, esta antecedência fica comprometida.

Na resposta enviada à Lusa, a TST admite que, por vezes, existe a necessidade de serem efetuadas travagens para se evitarem acidentes/incidentes, o que pode originar momentos de menor conforto na viagem.

A empresa ressalva ainda que o seu serviço é prestado numa área com um elevado fluxo de trânsito e de peões, com estacionamento indevido e com quase inexistência de corredores dedicados ao transporte público rodoviário.