A zona junto à estação de O Porriño estava em obras e, por isso, seria necessário mudar o comboio de linha na bifurcação onde aconteceu o acidente, o excesso de velocidade não permitiu ao maquinista efetuar a manobra em condições. Foi esta a causa provável do acidente ferroviário que provocou quatro mortos, avança o Público.

A existência de obras na linha principal da estação obrigou ao desvio do comboio para a linha três. O desvio é invulgar na rotina dos maquinistas que passam por aquela zona diariamente sem precisarem de mudar de linha, e talvez por isso, o maquinista não tenha reduzido a velocidade na aproximação à estação de O Porriño.

O comboio costuma passar naquela zona a 130 km/h, mas na manhã desta sexta-feira, por causa das obras e ao desvio na linha, o Celta devia ter entrado naquela estação a 30 km/hora. Uma provável velocidade superior impediu o comboio de cruzar as agulhas da linha em segurança. 

Não está para já excluída a possibilidade de uma avaria na agulha ou de uma falha na própria automotora, mas tudo indica que terá sido o excesso de velocidade a provocar o descarrilamento. Recorde-se que no dia do acidente, várias testemunhas admitiram que o comboio passou naquela zona a grande velocidade.

Na investigação ao acidente será verificado se os sinais funcionaram. Quando a agulha é direcionada para uma mudança de linha, a sinalização dá indicações ao maquinista de modo a adaptar a velocidade ao percurso estabelecido.