“Como parte da atividade terrestre na Faixa de Gaza, os soldados das Forças de Defesa de Israel estão atualmente a trabalhar para expor e destruir os túneis do Hamas. Desde o início dos combates, 130 poços de túneis foram destruídos”, indicou um porta-voz do Exército israelita.

O Hamas, que construiu uma extensa rede de túneis subterrâneos na Faixa de Gaza, entrou em guerra com Israel em 7 de outubro, depois de realizar um ataque massivo que incluiu lançamentos de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 militantes, que massacraram mais de 1.400 pessoas e sequestraram outras 240 nas comunidades israelitas que fazem fronteira com o território palestiniano.

“A prontidão do inimigo para uma permanência prolongada nos túneis pode ser verificada com base nas reservas de água e oxigénio encontradas nos túneis”, comentou o porta-voz do Exército israelita citado pela agência EFE.

Os túneis hoje destruídos pelas tropas israelitas situavam-se num centro de treino do Hamas, no norte da Faixa de Gaza.

A incursão terrestre em território palestiniano começou terça-feira na cidade de Gaza, algo sem precedentes nas últimas décadas, enquanto os incessantes bombardeamentos israelitas, que se iniciaram no mesmo dia de guerra, já deixaram mais de 10.560 mortos no território controlado pelo Hamas, incluindo um grande número de crianças, mulheres e idosos, bem como cerca de 26.500 feridos e 2.550 desaparecidos, segundo as autoridades locais.

Por outro lado, as forças aéreas israelitas destruíram na quarta-feira locais de lançamento de mísseis antitanque que estavam ligados através de uma passagem subterrânea a uma instalação de armazenamento de armas, disse o porta-voz.

Os militantes que estavam no interior tentaram escapar, mas “morreram num ataque adicional”, acrescentou.

O Ministério da Saúde de Gaza alertou hoje que quase metade das mortes registadas nos últimos dias ocorreu na zona sul, onde Israel também tem feito incursões terrestres e onde cerca de 1,5 milhões de deslocados vivem em condições de sobrelotação em plena escassez de água potável, alimentos, remédios, eletricidade e combustível.