A tua família pede que sejas já solto", dizia uma grande faixa erguida por vários dos seus familiares, que junto com dezenas de pessoas realizaram uma manifestação "silenciosa" em frente à delegação diplomática, localizada numa área residencial no norte da capital espanhola.
Depois de sair de Espanha em janeiro passado com a intenção de chegar ao Qatar a pé para o Mundial, Sánchez foi preso no início de outubro no Irão depois de tirar uma fotografia no túmulo de Mahsa Amini, a curda iraniana de 22 anos cuja morte gerou protestos que abalam o Irão há mais de dois meses, explicou a sua mãe.
"De forma alguma ele pretendia ameaçar a segurança do Estado do Irão", afirmou em manifesto Célia, que disse ter sido recebida na última quinta-feira pelo embaixador iraniano em Madrid.
Célia também pôde falar brevemente com o seu filho nos dias anteriores, graças aos esforços da embaixada espanhola em Teerão, e saber que ele estava "bem de saúde".
"Pedimos (às autoridades iranianas) que percebam que ele não é um ativista político", disse à AFP José Félix, amigo de Sánchez, de 53 anos, segurando uma faixa que diz "Liberdade para Santiago".
A onda de protestos no Irão desencadeada pela morte de Mahsa Amini em 16 de setembro, após a sua prisão em Teerão pela polícia da moralidade, deixou até agora centenas de pessoas mortas, milhares detidas e dois homens executados em relação com as manifestações.
Vários cidadãos europeus, incluindo outro espanhol, foram detidos em relação aos protestos no Irão. Muitas vezes, as suas famílias optam por maior discrição na esperança de facilitar a sua libertação.
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