Devido à frequência de naufrágios perto da foz do Vouga, cuja barra foi fixada artificialmente em 1808, foi apresentado em abril de 1884 um projeto para o Farol da Barra de Aveiro, sendo a construção iniciada em 1885, e a conclusão em agosto de 1893.

À data da sua construção foi o sexto maior do mundo, em alvenaria de pedra, continuando a ser atualmente o segundo maior da Europa e o 26.º mais alto do mundo.

Atualmente, a sua lâmpada projeta um feixe luminoso visível a 23 milhas náuticas de distância (cerca de 40 quilómetros) mas, inicialmente, a principal fonte luminosa era obtida por incandescência do vapor do petróleo e só em 1950 passou a ser alimentado por energia elétrica. Os 130 anos do Farol são assinalados pela Câmara de Ílhavo e pela Autoridade Marítima com várias atividades.

A partir de sábado, o Museu Marítimo de Ílhavo acolhe uma exposição de equipamentos da Direção de Faróis, que “conta a história da evolução dos equipamentos de Assinalamento Marítimo nos últimos 130 anos e a história do farol, destacando a sua importância no alumiamento em Portugal”.

Segundo uma nota de imprensa da Câmara de Ílhavo, na próxima semana o Farol da Barra estará aberto a visitas no período da tarde, entre as 14:00 e as 17:00, sendo as inscrições realizadas no local, no dia da visita, para um número de visitantes condicionado à capacidade do farol.

No dia 15 é o dia de aniversário oficial, sendo dada a partida às 10:30 da “Corrida do Farol by Stella Maris”, que terá uma corrida propriamente dita e uma caminhada, que se dividem entre asfalto e areia.

A corrida terá um percurso de 8,5 quilómetros, três dos quais em areia, e a caminhada terá um percurso de 4,5 quilómetros, com 1,5 quilómetros no areal.

À tarde, pelas 15:30, será realizado o concerto comemorativo dos “130 Anos do Farol da Barra” com a participação do Coro “Polyphonia Schola Cantorum”, na Igreja Matriz da Sagrada Família da Praia da Barra, com entrada gratuita.

O Farol da Barra, concluída a sua construção, “cumpriu a sua principal função de vigia, impedindo que muitas embarcações naufragassem nos bancos de areia, frequentemente atraídas para terra, devido à ilusão de afastamento provocada por uma costa muito plana e com as primeiras elevações a grande distância do mar”, salienta a nota municipal.