"Fim ao Fóssil". Estudantes que ocuparam Faculdade de Psicologia de Lisboa declaram greve de fome

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As duas estudantes que estão desde ontem a ocupar a entrada da Faculdade de Psicologia de Lisboa declararam greve de fome.

Segundo comunicado enviado pelos ativistas, as duas alunas que ontem impediram a entrada das pessoas no edifício da faculdade "estão há mais de 24 horas sem comer e declararam a entrada em greve de fome".

Com isto, pretendem que a reitoria da Universidade de Lisboa "apele, como o secretário-geral das nações unidas, à 'disrupção para parar a destruição', convocando publicamente para a ação de resistência civil que se realizará no terminal de gás de Sines este sábado, 13 de maio".

"Tanto as estudantes como nós, os seus apoiantes, sublinhamos que não temos qualquer desejo de continuar com o protesto. Mas a realidade climática assim o exige, no sentido de salvaguardar o direito à vida e educação das estudantes, agora e no futuro", escreveram num e-mail enviado à reitoria.

As duas estudantes, Jade e Teresa, "estão confinadas na entrada principal da FPUL apenas com um garrafão de água, agasalhos e colchões para dormir".

“O nosso direito à educação está diretamente ameaçado pela violação sistemática do direito à vida, por parte de uma normalidade que age com apatia perante o colapso climático. Sacrificamos a nossa educação hoje, para garantir a das crianças e jovens de amanhã”, explica Teresa.

"Durante o dia de ontem, realizaram-se à porta da Faculdade várias atividades de apoio como palestras sobre a ciência climática, gás fóssil, empregos para o clima e mobilidade justa, que contaram com dezenas de colegas estudantes, ativistas, professores e cientistas, incluindo o Professor Viriato Soromenho Marques", lê-se ainda na nota divulgada.

De recordar que "o grupo de estudantes está a ocupar a Faculdade de Psicologia desde 26 de abril pelo fim ao fóssil até 2030 e pela eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, até que 1500 pessoas se comprometam a participar na ação de resistência civil no terminal de gás fóssil do porto de Sines, a 13 de maio".

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