Embora os poderes do presidente sejam limitados, o chefe de Estado – que é o comandante supremo das Forças Armadas – ajuda a direcionar a política externa com o governo.

Dois políticos são apontados como os favoritos entre os nove candidatos: o ex-primeiro-ministro Alexander Stubb (conservador) e o ex-primeiro-ministro Pekka Haavisto, do Partido Verde, que disputa a eleição como independente.

Outro nome forte na disputa é o candidato de extrema-direita Jussi Halla-aho, que segundo os analistas pode chegar a uma segunda volta

As mesas de votos abriram às 9h00 (7h00 em Lisboa)  e devem fechar as portas às 20h00 (18h00 em Lisboa).

Para Hannu Kuusitie, eleitor que votou no centro de Helsínquia, a Finlândia precisa de um presidente com "competência em termos de liderança, humanidade. Também terá que ser duro quando necessário".

Após a Guerra Fria, Helsínquia manteve boas relações com Moscovo, mas estas sofreram um abalo depois da invasão russa da Ucrânia em 2022.

A Finlândia abandonou a tradicional política de não alinhamento militar e aderiu à NATO em abril de 2023. A Rússia, que tem uma fronteira 1.340 quilómetros com a Finlândia, alertou para possibilidade de adotar "contramedidas".

Em agosto do mesmo ano, a Finlândia registou um grande fluxo de migrantes sem visto na sua fronteira leste, enviados, segundo Helsínquia, por Moscovo para desestabilizar o país.

Em novembro, a Finlândia decidiu fechar a fronteira com a Rússia.

Esta quinta-feira, durante um debate exibido na televisão, Stubb afirmou que é necessário priorizar "a segurança da Finlândia" e o seu principal rival, Haavisto, enfatizou que Helsínquia deve "enviar uma mensagem muito clara à Rússia de que isto não pode continuar".

Todos os candidatos defendem a independência da Finlândia e o seu novo papel como membro da NATO, destaca Hanna Wass, vice-reitora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Helsínquia.

Caso nenhum candidato alcance 50% dos votos neste domingo, o país organizará uma segunda volta no dia 11 de fevereiro.