Em declarações à Lusa, a presidente da Fnam, Joana Bordalo e Sá, referiu ter sabido “com surpresa” das intenções do ministro através da comunicação social, aguardando que “seja enviado formalmente um pedido de reunião, com uma ordem de trabalhos e com documentos, para que o processo possa ser sério”.

A dirigente da Fnam acrescentou ainda: “É urgente voltarmos todos à mesa [das negociações]”, tendo em conta a situação no país, com urgências encerradas e os utentes sem acesso a cuidados médicos, ”sobretudo no interior, onde as pessoas têm de correr quilómetros, muitas vezes sem transportes, para conseguirem chegar a um serviço de urgência.

Joana Bordalo e Sá salientou ser “fundamental também que o espírito do ministro da Saúde, doutor Manuel Pizarro, seja também diferente e que haja uma vontade política de resolver esta situação e de se aproximar dos médicos”.

Uma delegação da Fnam deslocou-se hoje a Bruxelas, onde se reuniu com a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides e também com eurodeputados.

Aos interlocutores, a Fnam veio dar conta das condições de trabalho dos médicos e fazer um retrato da “grande agonia” do Serviço Nacional de Saúde.

Entretanto, o Ministério da Saúde divulgou que as negociações com os sindicatos representativos dos médicos serão retomadas na próxima quinta-feira, dia 23 de novembro.