“Neste momento [20:30] temos 16 pessoas, algumas crianças e jovens entre eles, no centro de acolhimento temporário que criámos para o efeito no pavilhão municipal, no centro da vila” de Nelas, avançou Joaquim Amaral à Lusa.

O presidente do município disse que “é um número volátil, porque a qualquer momento, se for preciso, podem chegar mais pessoas” e as 16 que lá se encontram estão “por uma questão de precaução”.

“O incêndio andou junto às suas casas, mas já não há perigo. Já foi feito o rescaldo e é seguro, mas dado o calor no local, o cheiro e o fumo as pessoas vão pernoitar no centro de acolhimento onde também já lhes foram facultadas refeições”, explicou.

Joaquim Amaral acrescentou que o município “tem um levantamento feito das instituições, pessoas que estão acamadas e dos cuidadores informais” do concelho e que “está a ser feita uma monitorização contínua e regular para avaliar” a situação.

O autarca de Nelas, no distrito de Viseu, disse ainda que “já se registaram seis feridos, quatro bombeiros e dois civis, dois dos bombeiros foram ao hospital, por precaução, embora todos eles sejam feridos ligeiros”.

À hora em que falou com a agência Lusa, Joaquim Amaral disse que “o incêndio ainda continua com uma frente muito ativa, no lado de Senhorim”, na freguesia de Canas de Senhorim e que “merece um cuidado ainda muito grande”.

O alerta do incêndio foi dado às 12:24, segundo o Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões, e, segundo a mais recente atualização, pelas 20:00, no local estavam 462 operacionais apoiados por 137 veículos.

A Estrada Nacional 321 (EN231), que liga Nelas a Seia, distrito da Guarda, mantém-se “cortada por uma questão de operacionalidade” dos veículos dos bombeiros, desde o início do incêndio.

Segundo fonte da GNR, “em alternativa, deve ser usada a EN231-2, que liga Canas de Senhorim a Nelas, ou então a EN234”, que liga Mangualde (Viseu) a Mira (Coimbra), conhecida pela Estrada do Luso.