“O incêndio na freguesia de Pataias e Martingança encontra-se praticamente dominado” divulgou a Câmara de Alcobaça, adiantando que “nas próximas 24 horas as equipas de combate aos incêndios continuarão o seu trabalho com vista ao domínio completo e posterior rescaldo deste incêndio”.

À agência Lusa, o comandante dos Bombeiros de Pataias, Nélio Gomes, precisou que os 88 bombeiros que se encontram no local estão “a fazer a defesa perimétrica de algumas casas” e a “consolidar o rescaldo” que se irá iniciar nas próximas horas.

No comunicado enviado às redações, a Câmara de Alcobaça esclarece ainda que “as escolas primárias da freguesia de Pataias foram encerradas devido ao fumo existente na atmosfera” e que “as diversas corporações de bombeiros a atuar no concelho continuarão vigilantes”, pelo que “as populações podem estar sossegadas”.

No documento, o município expressa ainda o agradecimento aos bombeiros das corporações que se juntaram no combate às chamas: Pataias, Alcobaça, São Martinho do Porto, Benedita, Nazaré, Peniche, Óbidos Ortigosa, Batalha, Marinha Grande, Maceira e Juncal.

Para além deste incêndio, que deflagrou às 13:51 de domingo, na Praia da Légua, lavra no concelho de Alcobaça um outro, que deflagrou às 14:33 e que evoluiu para o concelho da Marinha Grande, mobilizando, segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, 399 homens, 121 viaturas e um meio aéreo.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.