"O incêndio tem duas partes, uma que está junto ao Cruzeiro, já nas costas da vila, mas ainda não entrou no perímetro urbano, sendo que está muito perto, e outra que se desenvolveu junto de Vale de Água", afirmou João Lobo, cerca das 19:00.

O presidente do município de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, sublinhou ainda que até esta hora "não ardeu nenhuma habitação permanente", sendo que há registo de terem sido afetadas pelas chamas "habitações devolutas e barracões".

"A prioridade é ter meios junto às povoações, onde o fogo está próximo, para salvaguardar as pessoas e bens", disse.

Com o aproximar da noite, João Lobo tem esperança de que o abaixamento da temperatura e o aumento da humidade relativa venham dar "alguma trégua". Porém, "o vento intenso" continua a ser uma preocupação para o autarca.

O autarca compara este incêndio a um que lavrou na mesma zona em 1998 e que, tal como este, teve origem no concelho vizinho da Sertã.

"É o tempo de concentrar medidas concretas de ação porque são muitas décadas e muita legislação [produzida] sem ver qualquer objetivo alcançado em termos de ordenamento florestal", sustentou.

João Lobo sublinhou que é preciso mudar mentalidades: "Não podemos abdicar mais de um bem que é a floresta. É desperdiçar um bem que não é dos concelhos onde está. É do todo nacional".

O incêndio deflagrou na tarde de domingo no concelho da Sertã (distrito de Castelo Branco) e alastrou-se entretanto a Proença-a-Nova, bem como ao concelho de Mação (distrito de Santarém).