“Neste momento, estão em fase de rescaldo e controlo […], mas estamos em prevenção no sentido de evitar reacendimentos”, afirmou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas na localidade da Santa, no concelho do Porto Moniz, no norte da ilha da Madeira.

Questionado se vai solicitar mais meios do exterior, tendo em conta que o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, manifestou esta tarde disponibilidade para enviar reforços, o presidente do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) disse que “neste momento não é necessário”.

“Há uma perspetiva de viragem da temperatura já na próxima segunda-feira, portanto a situação climatérica vai alterar-se e, neste momento, o que nós temos é de concluir o levantamento e fazer o rescaldo no sentido de evitar reatamentos”, realçou.

Esta manhã partiu para o arquipélago um contingente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para ajudar no combate aos fogos, composto por 64 operacionais, dos quais 54 bombeiros da Força Especial de Proteção Civil, seis elementos da estrutura de Comando da Emergência e Proteção Civil de Coimbra e quatro elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Um fogo deflagrou inicialmente na quarta-feira, cerca das 18:00, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta, tendo alastrado durante a noite à freguesia contígua da Fajã da Ovelha e, posteriormente, na tarde de quinta-feira, às freguesias da Ponta do Pargo (ainda no concelho da Calheta), das Achadas da Cruz e do Porto Moniz, ambas já no município do Porto Moniz.

Na tarde de quinta-feira, foi também sinalizado um incêndio na freguesia da Quinta Grande, no concelho de Câmara de Lobos, que agora está também em fase de controlo. Nesse dia, ocorreu ainda um incêndio no Curral das Freiras, no mesmo concelho de Câmara de Lobos, que foi dominado.

O Governo da Madeira declarou na quinta-feira a situação de contingência devido aos incêndios que lavram na região, ativando, assim, o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil.